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Após quatro horas de rebelião, adolescentes infratores do Complexo do Pomeri da Capital libertaram o chefe dos agentes orientadores que ficou sob o poder de quatro garotos que comandaram o motim. 

Os infratores queimaram pedaços de colchões e papel higiênico. A rebelião, que começou por volta de 16 horas, só foi terminar às 20 horas, após a libertação do chefe dos agentes.

Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, o superintendente do Sistema Socioeducativo Gean Gonçalves foi chamado para negociar com os rebelados. Depois de muita conversa, os garotos libertaram o refém e aceitaram que as celas fossem vistoriadas. Apesar de um verdadeiro “pente fino”, nada foi encontrado nas celas, conhecidas como “quartos”.

Embora os agentes dissessem que a rebelião ocorreu “sem motivo algum”, os menores não aceitavam que as celas fossem revistadas. 

Após a checagem das celas, os menores voltaram para dormir.

De acordo com agentes que trabalham no local, há um “clima de tensão” com a possibilidade de novas rebeliões.

Na última quarta-feira (16), ao menos 11 adolescentes infratores ficaram feridos após 37 garotos se rebelarem não aceitando uma revista que seria realizada por agentes orientadores.

Armados com pedaços de pedras retiradas da cama, os garoto atacaram os profissionais, inclusive utilizando cadeiras. Policiais militares foram acionados e utilizaram bala de borracha para conter a fúria dos garotos. 

Feridos superficialmente, eles foram medicados na própria enfermaria. Em seguida, passaram pelo exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal. Os demais foram trocados de cela para evitar novos confrontos. 

Numa das celas, os agentes apreenderam um espécie de eletrodo, equipamento que poderia ser usado pelos infratores para dar choque e torturar seus desafetos.

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos a revista foi autorizada pela Vara da Infância e Juventude e a ação acompanhada por um servidor da Vara, pois havia a denúncia de que os garotos estavam retirando o ferro das camas de concretos e fazendo armas artesanais.



MidiaNews

Data: 19/07/2014

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