Agentes socioeducativos protestam por melhorias nas unidades do Estado Izabel Barrizon, repórter do GD
Agentes monitores que atuam no Centro Socioeducativo de Cuiabá, conhecido como Pomeri, protestaram na manhã desta sexta-feira (11), em frente à unidade por melhores condições de trabalho.
Categoria também lembrou o episódio ocorrido na noite da última segunda-feira (7), quando um adolescente fez um colega refém e motivou um princípio de rebelião no local.
Na ocasião, a juíza da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Capital, Gleide Bispo Santos, autorizou que o jovem recebesse um cigarro como parte da negociação para liberação do refém. “Só foi um cigarro, como parte da negociação, melhor do que morrer alguém”, disse a juíza em entrevista ao repórter José Porto, da TV Record.
Para o presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado (Sindpss), Paulo César de Souza, a atitude fere as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbe que os agentes entreguem cigarros e bebidas alcoólicas aos adolescentes. Além disso, segundo Souza, a atitude só aumenta mais a confiança dos menores para fazerem mais exigências.
Os agentes reclamam ainda de péssimas condições de trabalho dentre da unidade em Cuiabá e listaram 20 itens essenciais para melhorar a atuação da categoria. Essas reivindicações, que incluem melhorias nas unidades de Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Cáceres, foram encaminhadas para a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Entretanto, um dos pontos considerados mais importantes pela categoria, a contratação imediata de agentes e concurso público, foram negados pela secretaria.
Os agentes pedem ainda equiparação salarial do assistente administrativo com assistente administrativo penitenciário, o que será encaminhado ao governo do Estado. Categoria pleiteia a possibilidade de greve, o que será debatido em assembleia.
Data: 11/04/2014