Quando o Executivo consegue eliminar a oposição na Câmara, cria-se, uma verdadeira insegurança na população

O Brasil foi constituído a partir de uma fraca noção de identidade pública e sob a égide de interesses privados muito fortes.
O Poder Legislativo Municipal tem como figura principal os vereadores, que tem o papel de legislar e fiscalizar as ações do Executivo, isto é, fazer as leis do município, na condição de agente público, o mesmo, teria que agir como um guardião da sociedade e não legislar em causa própria.
Ele deve estar sempre disponível para ver e ouvir permanentemente a sociedade e conhecer bem todos os seus problemas, buscando sempre soluções viáveis.
Quando o Executivo Municipal consegue eliminar a oposição na Câmara Municipal de Cuiabá, cria-se, uma verdadeira insegurança na população, não que a oposição tenha papel de barrar tudo que venha do Executivo, mais que haja discussão e contestação sobre temas, que possam imputar aumentos nos gastos dos munícipes, ou o favorecimento de minorias. Esta afirmativa nos faz lembrar uma frase de efeito, dita por Nelson Rodrigues “Toda unanimidade é burra”.
A 19ª legislatura na Câmara Municipal de Cuiabá nem iniciou seus trabalhos propriamente dito e já contabiliza pequenos desgastes; um deles diz respeito à unanimidade alcançada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), na Câmara de Vereadores, obtendo 100% de apoio por parte dos vereadores, que poder de persuasão.

A 19ª legislatura na Câmara Municipal de Cuiabá nem iniciou seus trabalhos propriamente dito e já contabiliza pequenos desgastes
Sabemos que o nobre prefeito, Emanuel Pinheiro (PMDB), apesar de pouco tempo de posse vem agindo de forma exemplar, criando mecanismos legais que possam favorecer a população mais carente em pontos considerados nevrálgicos, como a questão da: saúde, educação e mobilidade urbana.
Outro ponto divergente foi criado, com as declarações proferidas pelo brilhante analista político Onofre Ribeiro, de quem sou fã, por sua postura e posição nas palavras, que não tem medo de dizer verdades, assim como eu, doa a quem doer.
Também, comungo com suas ideias; não o conheço pessoalmente e nem tão pouco tenho procuração para defendê-lo.
Porém em nosso país, bastou dizer ou ter ideia diferente de membros dos poderes constituídos, para que se estabeleça a cizânia, entre ambos, todos os segmentos da imprensa tem que dizer amém a tudo e todos, como forma de reverencia-los.
A pecha, Casa dos Horrores é decorrente de ações desastrosas e vexatórias, protagonizadas por agentes públicos, que num passado não muito distante, enxovalharam a instituição; praticados por ex-presidentes da mesma, através de corrupção ativa e passiva, isto é algo inconteste.
O primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, por quem nutro maior respeito, Renivaldo Nascimento (PSDB), saiu em defesa de seus pares, rebatendo as críticas feitas pelo analista político Onofre Ribeiro, com pouca consistência, haja vista que a própria incredibilidade da nossa egressa casa de leis, foi causada pelos próprios vereadores da legislatura passada.
Esperamos que os novos legisladores possam mudar essa triste realidade, a pecha de Casa dos Horrores, que esta seja extirpada de vez; com ações propositivas e voltadas a atender a população como um todo e não seus afins.
E que não fiquem barganhando e brigando por cargos como verdadeiros abutres, em busca de sua caça, exemplo disso, acontece no Executivo Municipal, chegando ao ponto de o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), soltar os cachorros de forma acertada, ao dizer que não irá rifar a Prefeitura e nem tão pouco leiloar cargos, brilhante atitude.
Licio Antonio Malheiros é geógrafo
Fonte: Mídia News
Data: 17/01/2017